quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Tempo

Este post não será sobre o tempinho miserável que se faz sentir em Portugal, mas sobre a passagem de tempo.
Eu acredito que as pessoas mudam com o tempo, mas os instintos permanecem. Tal como diz um provérbio que por muito tires o pêlo a um leopardo, ele não perde as pintas ou algo assim. Eu sou um exemplo disso. Sei que ainda tenho os mesmos instintos, mas a minha maneira de agir interiormente e exteriormente mudou.
Tudo muito bonito, mas a que propósito? Estava-me a lembrar do meu 1º e único ex-namorado. Eu estava verdadeiramente apaixonada e quando acabamos ainda gostei dele por vários meses e ainda tive saudades dele durante um bom ano. Agora tenho é saudades de ter alguém, não ele em específico, mas alguém. E como o meu instinto de curiosidade se mantém, fui ver o Facebook dele. Claro que qualquer rede social não reflecte por completo o que alguém é, mas somos nós que decidimos o que expomos lá, portanto é o mais perto que me irei aproximar dele.
Vi as fotos, publicações, comentários, seguidores, amigos e comecei a pensar "Será esta a pessoa com que me apaixonei? Meu Deus, que foto é esta?! E que publicação! Tantos seguidores, mas tão poucos amigos; que raio?!" Passou-se 3 anos ou mais que terminamos e não o reconheço. "A sério que namorei com isto?!" Os textos romântico-lamechas continuam lá, e o gel para cabelo em demasia, e escrita encriptada com "k" e "x", mas no entanto não é o mesmo. Já há um ano que tinha feito o mesmo (ir ver o Facebook dele) e sensação de estranheza é a mesma.
Cheguei à conclusão que a pessoa que amei não existe mais. É triste, mas verdade. O rapaz muito mais alto que eu amei, que me fazia rir sem medida, que me fazia sentir nas nuvens, que me fazia tão feliz desapareceu. E relendo eu post só me apetece chorar, a pessoa que amei morreu. E afinal de contas, nunca se esquece o 1º amor.

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